Itacoatiara Pro revela Wild Cards

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Dudu Pedra que conquistou o terceiro lugar em 2013, tenta este ano. faturar a honraria que falta ao currículo dos brasileiros

Divulgação / Gabriel Menezes

Lorem iFalta pouco mais de duas semanas para a abertura da janela de espera do Itacoatiara Pro, que acontece de 2 a 12 de julho, primeira etapa do Circuito Mundial de Bodyboard organizado pela APB (Association Of Professional Bodyboarders), e a expectativa para a quarta edição do evento já começa a tomar conta dos atletas. Além dos R$150.000,00 em prêmios e da liderança do ranking mundial, o evento coloca em jogo também um fator extra para os principais competidores nacionais. Nunca um brasileiro conseguiu levantar o título da competição que tem o apoio da Secretaria de Esporte e Lazer de Niterói.

Nos três anos o domínio foi dos estrangeiros. Em 2012, na primeira edição, o australiano Dave Winchester levantou o caneco após uma apresentação de gala na final. No ano seguinte, foi a vez de Amaury Lavehrne, das Ilhas Reunião, comemorar o título em Itacoatiara. Já no ano passado, coube ao sul-africano Jared Houston o prazer de erguer a taça de campeão.

Passados três anos, alguns brasileiros chegaram muito próximos de conquistar o título, mas todos acabaram batendo na trave. O hexacampeão mundial Guilherme Tâmega foi quem mais se aproximou do título em Itacoatiara. Na edição de 2012, o carioca chegou até a final e parecia pronto a gravar seu nome em mais uma taça. O problema é que o australiano Dave Winchester acabou colocando água no chope do brasileiro com uma atuação que beirou a perfeição.

“Essa etapa será a minha última no Circuito Mundial. Estou me aposentando do Tour e decidi fazer isso no Brasil. Nada como me despedir no meu país. Para ganhar dos gringos tem que estar focado e não pode se emocionar. Tem que saber jogar com a pressão a seu favor. Tem gente que consegue assimilar isso tem gente que não. Essa é hora que você tem que dobrar o seu nível e fazer coisas que você jamais fez antes”, explica Guilherme Tâmega, que se aposenta do circuito mundial logo após a etapa de Itacoatiara.

Em 2013, a decisão foi entre dois “gringos”. Amaury Laverhne e Jeff Hubbard, do Havaí, chegaram a grande decisão eliminando dois atletas brasileiros. Nicholas Bastos e o herói local Dudu Pedra foram os competidores do país que chegaram mais longe naquela edição, encerrando o Itacoatiara Pro na terceira posição. Já em 2014, o também carioca Sergio Luis fez uma brilhante campanha, mas acabou barrado pelo inspirado francês Pierre Louis Costes na semifinal, terminando em 3º lugar, assim como Dudu e Nicholas no ano anterior.

“As expectativas para a prova deste ano são muito boas. Os gringos têm levado a melhor, mas vejo eu e outros atletas com capacidade para vencê-los. Inclusive, no primeiro ano eu venci o Amaury na bateria e no ano seguinte tirei o Jared, dois campeões do evento. Acho que todos têm chances iguais, o que vale mais na hora é achar a onda boa. O fato de ser local também conta um pouco, mas na verdade é igual para todos”, explica Dudu Pedra. 

“Tem muita gente boa, não dá para apontar um ou outro como favorito. Estou muito focado e bem treinado. Tracei minha estratégia e quero muito vencer”, completa o atleta que é, ao lado de Kalani Lattanzi e José Otávio, ganhou um dos wildcards do evento. 

Destaque – Em grande fase, o big rider e local do pico, Kalani Lattanzi foi escolhido pela organização para ser um dos Wild Cards do evento. O convite ao jovem talento do esporte brasileiro o coloca ao lado dos principais competidores do mundo. Após retornar de uma viagem ao México, onde conseguiu pegar a maior onda já surfada por um bodyboard na remada, Kalani está ansioso para enfrentar os melhores atletas do planeta.

“Me sinto muito feliz por ter sido escolhido para ser Wild Card no meio de tantos atletas de ponta que temos em Itacoatiara”, comemorou o competidor.Novidades – Além da briga pelo título do Itacoatiara Pro e de uma possível inédita vitória brasileira, outros dois fatores importantes chamam a atenção. O primeiro deles é a disputa da categoria Pro-Junior, que nunca antes foi realizada paralelo ao mundial. Atletas até 18 anos poderão competir entre sí, em busca do título. Esse é um importante passo para a renovação da modalidade, segundo a APB.

O outro ponto é a criação de um segundo centro técnico, dando a possibilidade dos atletas escolherem onde competir. Originalmente as disputas acontecem no meio da praia, onde fica a estrutura principal, mas a organização do evento decidiu incluir um novo ponto de observação para os juízes, e caso as condições estejam favoráveis, as disputas podem acontecer no lado direito da praia, nas famosas direitas do Pampo.