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Thiago Bonifácio, Ezio Oberlander e Paulo Oberlander seguem a tradição de saltar da Pedra da Baleia
Foto: Marcelo Feitosa
Com uma pitada de coragem e cerca de três segundos entre a superfície áspera e o espelho d’água, é possível desfrutar de uma das diversões mais populares e democráticas da cidade de Niterói: a Pedra da Baleia. Localizado na Prainha de Piratininga, na Região Oceânica de Niterói, o trampolim natural é pura adrenalina e atravessa gerações. Entre as milhares de pessoas que já experimentaram de tal emoção, está o niteroiense Paulo Oberlander, de 42 anos e que há 32 primaveras salta constantemente do local.
“Praticamente nasci na Prainha. Comecei pulando em pé e ao longo do tempo fui adquirindo vivência para os saltos de cabeça”, comenta o atleta que aproveita para passar uma dica para quem deseja se aventurar. “Acredito que todos devem começar a pular de pé e procurar mergulhar somente com a água clara, para identificar onde estão as pedras”, alerta o atleta de stand up paddle.
Com 28 anos, Thiago Bonifácio é outro “local” que aprendeu desde cedo os segredos da Pedra da Baleia.
“Nascido e criado na beira da praia, minha mãe sempre me levava pela manhã para andar na praia e pular da pedra. Ela me ensinava a pular da pedra, quando criança, sempre em pé para não ter nem um risco ou acidente, e também a me locomover pelas pedras andando pela parte seca e nunca pelo limo ou onde estava molhado”, lembra Thiago, que afirma ter um verdadeiro playground no “quintal de casa”.![]()
Atividade precisa ser feita com critério para minimizar os riscos de acidentes
Foto: Marcelo Feitosa
“Com certeza é um dos melhores espaços democráticos da cidade pois não tem idade, nem custo algum, sendo aberto para todos os cidadãos e tendo diversas formas de lazer como natação, corrida na areia, pular da pedra. O ponto é muito importante, pois reúne diversas gerações de todas as classes sociais”, relata o niteroiense.
Pichações – A beleza natural da orla de Piratininga tem sofrido com a atuação de vândalos, que picham as pedras que compõem o cenário, deixando um rastro de sujeira e aspecto de abandono.
Thiago Bonifácio lembra que a poluição precisa ser combatida com educação.
“A poluição é mais uma questão social, se as escolas e os pais dessem o exemplo, ensinando aos seus filhos e alunos que lugar de lixo é no lixo, isso já teria um impacto no meio ambiente. A mesma coisa serve para a poluição visual (pichações), é uma questão de educação e consciência ambiental. Quanto antes as pessoas se conscientizarem, mais poderemos aproveitar e desfrutar do paraíso que nós vivemos e visitamos, podendo deixar em perfeito estado para as próximas gerações”, finaliza.
Apesar de ser crime ambiental, com penalidade de três meses a um ano de reclusão para quem for flagrado pichando, o ato segue modificando um dos mais belos cenários da cidade.
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Procurada, a Clin informou que a limpeza desta região já consta no cronograma da autarquia. A Clin informou ainda que será utilizado o produto Anti-Graffiti System (AGS), que facilita a limpeza e cria uma película protetora que dificulta a absorção do material utilizado em uma nova pichação.
Um salto que atravessa gerações
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