BAC apreende quase 12 toneladas de drogas

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BAC conta hoje com 228 policiais e 79 cães das raças pastor alemão, pastor holandês, pastor belga de Malinois, rottweiler e labrador

Foto: Divulgação / Marcelo Horn

O ano ainda não terminou, mas o Batalhão de Ações com Cães (BAC), da Polícia Militar, já bateu o recorde de apreensões de drogas em relação a 2016. De janeiro a novembro deste ano, já são 11,8 toneladas contra 9,2 toneladas do ano passado. Até o dia 27 deste mês, os policiais do BAC, com a ajuda de seus cães, recolheram 112 armas de diversos calibres. Deste total, foram 33 fuzis. Em todo o ano de 2016, foram contabilizadas 81 armas, sendo 17 fuzis.

“Acredito que o trabalho de inteligência aperfeiçoou o mapeamento das áreas de atuação do BAC e a ampliação das Atividades de Treinamento da Tropa e Preparação de Cães promoveu um diferencial positivo na atuação da unidade. Particularmente, desde que assumi o BAC, em julho deste ano, tenho me dedicado ao acompanhamento pessoal de todo o planejamento e aplicação de recursos nas operações especiais com cães. A proposta é atuar com técnica e profissionalismo, marcas reconhecidas por todos os integrantes do Batalhão de Ações com Cães”, explicou o comandante do BAC, tenente-coronel Rubens Castro Peixoto Jr.

O BAC conta hoje com 228 policiais e 79 cães das raças pastor alemão, pastor holandês, pastor belga de Malinois, rottweiler e labrador. Dez deles são ainda filhotes, em preparação para o policiamento. Os já ativos seguem os horários de atuação dos PMs: se trabalham um dia, descansam três. Se feridos em confrontos, são postos de licença para tratamento. Além disso, os cães são escalados em sistema de rodízio. A preparação dos animais é dividida em quatro fases: adestramento, treinamento físico, memorização e busca dos odores.

Das quase 12 toneladas de drogas apreendidas este ano pelo BAC, 4,5 toneladas foram em três ações a partir de julho: 2,5 toneladas na Nova Holanda, na Maré; e 1 tonelada no Pavão-Pavãozinho, em Ipanema. Já a maioria dos fuzis foi apreendida na Zona da Leopoldina, onde estão o Complexo do Alemão, o Complexo da Penha e outras comunidades.

Cães são treinados para atuarem em diversas ações

Os cães não são treinados apenas para farejar armas, drogas e explosivos. Estão preparados para atuarem na localização e resgate de pessoas perdidas, tomada de reféns, captura de bandidos escondidos, busca de soterrados, restos mortais e ossadas humanas e até em policiamento de jogos.

O BAC nunca perdeu um cão em operação. Porém, alguns já saíram feridos, pois também são alvos dos criminosos. As ameaças chegam por radiotransmissores, e os criminosos criaram uma nova tática para alvejá-los: passaram a jogar cacos de vidro e pregos no chão. Os objetos cortam as patas dos animais, que ficam fora de ação entre 15 e 20 dias. Para protegê-los, a Polícia Militar comprou sapatos emborrachados. O treinamento com o equipamento de segurança começa no próximo mês.

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