O Conselho Comunitário de Segurança de Niterói (CCSN) pretende criar um grupo de trabalho para discutir ações que contribuam para reduzir o número de assaltos no entorno das escolas particulares de Niterói. O assunto foi debatido na reunião desta quinta-feira (30), na sede da Câmara dos Dirigentes Lojistas (CDL), no Centro. Os detalhes serão acertados no próximo encontro do conselho, ainda sem data marcada.
“Queremos no grupo um representante da Polícia Civil, um representante da Guarda Municipal, um representante do Conselho Tutelar, um representante da PM e um representante do Sindicato das Escolas Particulares, para que assim possamos discutir o que pode ser feito no entorno para reduzir a violência”, explica Moacyr Chagas, presidente do conselho.
O Sindicato das Escolas Particulares do Estado (Sinepe), afirma que já procurou o Poder Público para pedir mais policiamento, mas não obteve sucesso. Algumas escolas já providenciaram seguranças particulares, embora não tenham sido orientadas pelo sindicato.
“O Sinepe tem procurado as autoridades competentes para proposições de providências de segurança para as escolas, sem sucesso. As escolas também fazem aproximações e pedidos de reforço de segurança individuais, sem sucesso”, critica Cláudia Costa, presidente do sindicato.
Em uma escola de Icaraí, a segurança dos alunos já preocupava a associação de pais e mestres há 25 anos, quando a própria entidade decidiu contratar o serviço particular. Com o tempo, a direção assumiu os custos, e hoje os seguranças rondam o quarteirão da escola e algumas ruas de Icaraí e Santa Rosa.
A designer Gabriela Assis conta que teve a rotina alterada devido à violência. A filha dela, de 8 anos, é aluna de uma escola em Itaipu. A avó da criança, que costumava buscá-la na saída, teve o carro furtado, em frente à escola há cerca de duas semanas. Depois disso, ela optou por contratar um serviço de van.
“Estou apavorada. Em menos de um mês foram dois casos na frente da escola. Com a outra mãe, soube que os bandidos chegaram a colocar a arma na cabeça dela”, desabafa. A PM não se pronunciou.