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Policial militar (esquerda) que era considerado foragido se apresentou na sede da Delegacia de Homicídios, em Niterói
Foto: Marcelo Feitosa
Mais 15 policiais militares que estavam sendo procurados, acusados de corrupção passiva militar e organização criminosa, e que eram considerados foragidos da justiça, se entregaram nesta sexta-feira (30) na sede da Divisão de Homicídios (DH) de Niterói, no Centro de Niterói. Com a prisão deles, o número de presos chegou a 81. Outros 15 continuam sendo procurados. O delegado assistente da especializada, Marcus Amim, informou que a polícia continuará investigando o paradeiro de todos os foragidos. Segundo ele, o grupo de policiais militares que participavam do esquema são autores diretos de mais de 200 autos de resistência (mortes por intervenção policial) e testemunhas de outros processos. Este número ainda está sendo levantado e, segundo ele, pode chegar a 500.
“Vamos continuar atrás dos que ainda não foram encontrados. Todos ficarão à disposição da Justiça. Na denúncia que está no Ministério Público (MP), estes crimes poderiam ter sido motivados para que criminosos entrassem no esquema deles ou pode estar relacionado a um aumento no valor pago pelo arrego”, explicou o delegado, considerando que autos de resistência podem ter sido forjados.
Marcus Amim ainda ressaltou que esta foi a primeira fase da investigação.
“Nosso objetivo era conseguir prender o maior número de pessoas e arrecadar o máximo de material para compor as investigações. Vamos investigar também outras pessoas ligadas diretamente ou indiretamente. A partir de todo o material recolhido, vamos ver se outros policiais também estavam no esquema ou se eles se beneficiavam da atividade criminosa. Não estamos buscando ninguém específico, vamos atrás de todos os que tiverem envolvimento. Acredito que o MP ainda proponha a colaboração premiada a todos os envolvidos”, declarou.
Reforço – Os batalhões de São Gonçalo (7º BPM) e de Niterói (12º BPM) receberão novos policiais militares para repor a perda das unidades após a deflagração da uma megaoperação da Polícia Civil, que cumpriu mandados de prisão contra 96 militares. Ao todo 66 PMs serão deslocados de Unidades de Polícia Pacificadora (UPPs). Destes, 40 se apresentarão no 7º BPM e 26 no 12º BPM. As datas, no entanto, ainda não foram definidas e os dois batalhões continuam, pelo menos por enquanto, com efetivo ainda mais reduzido, devido às prisões.
De acordo com a assessoria de imprensa da Polícia Militar, a corporação está cumprindo trâmites administrativos e, somente após isso, os agentes poderão se apresentar às suas novas unidades.
O comandante do 12º BPM (Niterói), coronel Marcio Rocha, disse que faltam apenas alguns detalhes para a apresentação dos novos agentes ao seu batalhão.
“A partir da semana que vem, eles [agentes] já estarão disponíveis para que possamos empregá-los no patrulhamento da região. Faltam detalhes burocráticos”, garantiu o comandante.
Mais 15 policiais se entregam
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