Temer: encontro para apaziguar poderes

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Foi marcada para esta quarta-feira (26), às 11h, uma reunião com os chefes dos três Poderes, em caráter de urgência, para minimizar o clima de mal-estar intensificado desde sexta-feira, quando o ministro da Justiça, Alexandre Moraes, o presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), e a presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Cármen Lúcia, protagonizaram trocas de farpas públicas após operação da Polícia Federal nas dependências do Senado.

Segundo Renan, a reunião terá a participação dos presidentes do Senado, do STF, da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e do presidente Michel Temer. O objetivo seria evitar que a crise se espalhe e ganhe contornos de crise institucional entre os Poderes. 

“Essa reunião convocada pelo presidente Michel Temer com os Poderes é muito importante. O Brasil já vive tantas crises e nós não podemos deixar que essas crises se desdobrem para uma crise maior que é uma crise institucional. Não vai haver crise institucional no Brasil”, disse Renan.

Operação Métis – A crise entre os Poderes começou na sexta-feira, quando houve a Operação Métis, que resultou na prisão do chefe da polícia do Senado, Pedro Ricardo Carvalho, junto com mais três policiais legislativos, suspeitos de prestar serviço de contrainteligência para ajudar senadores investigados na Lava Jato e em outras operações.

Após a operação, Moraes disse que os policiais do Senado “extrapolaram o que seria de sua competência” e “realizaram atividades direcionadas à obstrução da Justiça”.

As declarações de Renan foram rebatidas por Cármen Lúcia. Ao falar sobre a reunião, Renan fez a “tréplica” à presidente do STF e disse que a ministra tomou a mesmo atitude que ele enquanto presidente do Senado de defender a instituição.

“Eu acho que faltou uma reprimenda ao juiz de primeira instância que usurpou a competência do STF e toda vez que um juiz de primeira instância usurpa a competência do STF quem paga a conta é o Legislativo e sinceramente, não dá para continuar assim”.

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