Dando adeus à gordurinha

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O desejo de modelar o corpo evoluiu e chegou também nos braços.

Foto: Reprodução de internet

Todos os dias, novos tratamentos surgem com a promessa da melhorar a qualidade vida e a autoestima das mulheres. Com as cirurgias plásticas, isso ficou ainda mais fácil. O desejo de modelar o corpo evoluiu e chegou também nos braços. Quem nunca fez o teste de acenar em frente ao espelho para ver o quanto aquela "gordurinha indesejada balança", que atire a primeira pedra. Atualmente, existem dois tipos de cirurgia para solucionar este "problema": o lifting de braço, também chamado de braquioplastia e a lipoaspiração. 

Membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica (SBCP), o especialista  Allan Bernacchi explica as diferenças entre os procedimentos: “A lipoaspiração vai tratar o excesso de gordura localizada no braço através de pequenas incisões. Nesses casos, geralmente, não existe pele excedente. Já a braquioplastia vai tratar tanto a gordura existente no braço quanto o excedente cutâneo decorrentes da expansão da pele provocada por um aumento de peso ou pela flacidez decorrente da idade.

Normalmente, quando você tem um braço gordinho, mas sem o excesso de pele, aquele quando a gente acena dando tchau, prefiro indicar a lipoaspiração. Quando o excesso de pele é presente faz-se necessário uma abordagem para tratar este excedente. Porém, nem todo mundo vai ficar feliz com a cicatriz resultante da cirurgia, mas as vezes não tem jeito”.

O envelhecimento, as oscilações no peso e fatores genéticos e hereditários são os principais fatores para que os braços fiquem com aparência flácida. Fazer exercício pode fortalecer o músculo, mas não trata o excesso de pele que perdeu elasticidade e a gordura localizada. Por isso, a melhor época para fazer a cirurgia é entre 30 e 40 anos.

O cirurgião plástico Sergio Levy, também membro da SBCP, ressalta a importância de conhecer o processo envolvido nas cirurgias. “Não existe prós e contras entre os procedimentos, será sempre na dependência do que a paciente está disposta, por isso, é necessário conversar bastante com ela e, se possível, mostrar alguém que já tenha feito esse tipo de cirurgia, para que se possa optar entre a flacidez e a cicatriz”, enfatiza.

Com 53 anos e alguns procedimentos cirúrgicos já realizados, Meyre Lazzarini diz que sonha com a braquioplastia

Foto: Arquivo pessoal

Com 53 anos, a analista comercial Meyre Lazzarini já fez alguns procedimentos cirúrgicos e agora sonha com a braquioplastia. “Meu braço tem aquela pele e gordurinha a mais. Conheci o lifting através de grupos de cirurgias plásticas, prefiro ficar com a cicatriz do que com o braço gordo”, diz. 

Allan Bernacchi reforça que a lipoaspiração não deve ser feita isoladamente em casos nos quais nota-se que existe um excesso de pele já instalado ou de acordo com a qualidade da pele. "Em casos como esses, a lipoaspiração serviria apenas para esvaziar o conteúdo de gordura do braço e o resultado seria um excesso de pele mais evidente”, frisa o especialista. 

Sergio Levy enfatiza que a lipoaspiração praticamente não deixa marcas, com uma incisão em dois a três lugares no braço e o pós operatório é mais simples. "Já na braquioplastia, o resultado proporciona maior correção na gordura e na flacidez, uma vez que se retira a área excedente da pele por incisão, então o pós operatório é mais lento e a cicatriz nem sempre alegra ao paciente e ao cirurgião”, afirma.

A gerente de vendas Mariana Malcher, 31, foi uma das que optou pela lipoaspiração. “Decidi fazer a cirurgia porque queria melhorar o contorno do corpo e retirar a gordura localizada, então aproveitei para fazer a lipo nos braços também e não ficar desproporcional. Estou bastante satisfeita com o resultado e não tive nenhum problema com o pós-operatório", conta.

De acordo com Bernacchi, na lipoaspiração, normalmente, não há tanta queixa de dor. "É essencial uso de cinta ou colete em ambas. A lipoaspiração cicatriza em aproximadamente 15 dias, sendo importante a manipulação da região por um fisioterapeuta especializado em pós-operatório e em abordagem manual da prevenção de eventuais fibroses. A braquioplastia, em virtude da cicatriz, pode levar um pouco mais de tempo para liberação total do braço, mas com três semanas, em média, o paciente estará muito bem”, finaliza. 

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