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A hiperidrose, que afeta uma boa parte da população mundial, não é mais considerada pela medicina como um problema
Foto: Divulgação
Não é preciso mais passar vergonha por suar demais nas mãos ou formar aquela famosa “pizza” nas axilas. A medicina evoluiu a ponto da hiperidrose, condição que afeta uma boa parcela da população mundial, não ser mais considerada um problema. Atualmente, existem soluções viáveis para solucionar, ou pelo menos amenizar por um tempo considerável, a hiperidrose.
Segundo a dermatologista Camila Barcellos, “a hiperidorse é um problema que provoca suor extremo, mesmo se a pessoa estiver parada, sem qualquer atividade física ou em um lugar frio”. A especialista explica que o problema pode ocorrer por causa de fatores emocionais, como ansiedade para uma entrevista de emprego ou prova, ou ainda por fatores hereditários.
Existem alguns tratamentos mais tradicionais e, de acordo com Camila, o principal é o uso da toxina botulínica tipo A.
“É o tratamento mais usado nesses tipos de casos. Ela serve para os casos moderados e graves. É usada em pontos estratégicos, onde o suor é mais intenso. São vários pontos de aplicação por área. A aplicação causa um pouco de dor no local, mas pode ser tranquilamente controlada com o uso de analgésicos. Sem dúvida, é uma maneira muito eficaz de tratar a hiperidrose”, diz Camila.
“Claro que existem outros métodos, como o Miradry, que é um aparelho que emite micro-ondas para neutralizar as glândulas sudoríparas, e a iontoforese, que usa a eletricidade para ‘desligar’ temporariamente as glândulas”, acrescenta a especialista.![]()
A dermatologista Camila Barcellos cita o uso da toxina botulínica tipo A como um dos tratamentos mais usados
Foto: Lucas Benevides
Camila ressalta que não existe uma prevenção que possa ser feita. “O que se pode fazer é tentar reduzir os níveis de ansiedade em alguns casos. Porém, é quase impossível controlar a manifestação do problema, já que o controle da sudorese é involuntário e determinado pelo sistema nervoso autônomo”, afirma.
Já a dermatologista Patrícia Matsuda conta que vem obtendo bons resultados com a utilização de um antitranspirante que foi recentemente aprovado pela Anvisa. “O Perspirex tem se mostrado muito eficiente, com resultados na primeira semana. Ele exige todo um ritual para a aplicação, já que o paciente precisa tomar banho, secar o local com toalha e secador de cabelo, para depois fazer a aplicação no local. Existe o roll-on para as axilas, e a loção para pés e mãos”, diz.
Patrícia explica o funcionamento. “Ele forma uma espécie de tampão de queratina na glândula sudorípara. Esse é o grande diferencial. Conforme a pessoa vai usando, vai diminuindo o número de vezes que precisa fazer a aplicação”, afirma. “Além do mais, é um método muito menos invasivo e bem mais barato”, argumenta a especialista.
Para Patrícia existe uma outra vantagem. “O paciente passa a poder cuidar de si mesmo”, afirma.
Camila diz que a redução do suor, seja pelo método que for, é de fundamental importância para a vida dos pacientes que enfrentam sudorese excessiva. “Sem dúvida, acabar com esse problema ou ao menos reduzi-lo é importante para a autoestima e para a qualidade de vida de qualquer pessoa”, conclui.
Hiperidrose: é possível controlar
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