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A técnica chinesa consiste no aquecimento local de pontos específicos do corpo através de toalhas quentes umedecidas em sais redutores e cremes nutritivos
Foto: Divulgação
Considerada uma das mais antigas formas de medicina oriental, a medicina tradicional chinesa (MTC) denomina um conjunto de práticas milenares originadas ao longo do Rio Amarelo, onde a civilização chinesa começou, que procura harmonizar a saúde e restabelecer o equilíbrio energético-funcional do corpo. No Ocidente, a MTC é utilizada principalmente como medicina alternativa, complementar à alopática.
Kiberon ou “massagem com toalha quente” é mais uma das heranças chinesas que o mundo ocidental adaptou: é antiestresse, combate a celulite, gordura localizada, flacidez e muito mais.
Procurada, principalmente, por auxiliar na perda de gordura localizada e causar relaxamento, a técnica consiste no aquecimento local de pontos específicos do corpo através de toalhas quentes umedecidas em sais redutores e cremes nutritivos. A vasodilatação periférica ocasionada pela temperatura das toalhas potencializa a penetração dos princípios ativos dos cremes, ao mesmo tempo em que aumenta a circulação sanguínea e venosa.
“A técnica é feita por meio de movimentos de drenagem pesada efetuados ao longo dos meridianos – canais de energia utilizados na acupuntura e em outros métodos terapêuticos – que resultam na quebra dos nódulos de gordura, no descongestionamento da energia vital do corpo e na eliminação das toxinas do organismo através das fezes e da urina”, explica a fisioterapeuta dermo-funcional Lilian Ribeiro, que trabalha com a massagem há cinco anos.
Os pontos meridianos, citados pela profissional, também são chamados de “Nei Jing” na literatura chinesa e são classificados de diversas formas, sendo uma delas Yin e Yang. Através deles, circulam no nosso corpo três tipos de energia: a que recebemos de nossos antepassados; a protetora, que possui um fluxo externo; e a advinda dos alimentos que comemos, que circula internamente. Ao serem estimulados, esses pontos reequilibram a energia, também chamada de Qi, do corpo e dos órgãos. Por isso, a aplicação regular da massagem promove benefícios que contribuem para uma vida saudável física e mental, podendo até ajudar a diminuir a ansiedade.
Neuza Rocha conheceu a técnica através de uma amiga que mora no exterior e foi motivada, principalmente, pelo auxílio na redução de medidas.
“Sabe aqueles pneuzinhos?! Fiz dez sessões ano passado e perdi alguns centímetros. Comecei a me sentir melhor, além de ter diminuído o meu cansaço nas pernas. Fechei outro pacote e estou na sexta sessão”, conta.
A massagem também é indicada no controle da obesidade, já que o corpo de uma pessoa bem acima do peso não tem efeito metabólico suficiente para eliminar a gordura em excesso. Nesse caso, a técnica acelera e equilibra o metabolismo enquanto promove um relaxamento neurosedante, inibindo a liberação da lipase, enzima que faz com que o organismo absorva a gordura ingerida.
As contraindicações do Kiberon incluem dermatites, câncer, hemorragias, gravidez, diabetes e trombose. Também não é recomendada a aplicação da massagem nos casos em que haja alterações energéticas do corpo, por exemplo, quando o paciente apresenta patologias que alteram os hormônios, o fluxo sanguíneo e causam cólicas e inchaço. Durante a menstruação, também não é recomendado executar a técnica no abdômen e na região lombar.
As sessões duram cerca de uma hora e, para perder gordura, são realizadas em conjunto com tratamentos estéticos como ultrassom e endermo. A quantidade de sessões é indicada de acordo com a avaliação médica, sendo, geralmente, aconselhadas de seis a dez sessões, uma vez por semana.
Kiberon e seus benefícios
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