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O cabeleireiro e colorista Pedro Nascimento finaliza o cabelo castanho com a técnica do “free hand”, indicada para morenas iniciantes
Foto: Divulgação
Você já ouviu falar em “free hand”? Trata-se de uma técnica que, como a tradução define, consiste na coloração à “mão livre”, sem expor os fios do cabelo ao calor do papel alumínio, prática comum nos demais métodos. O free hand é mais indicado para as morenas que querem iluminar seus cabelos e é ainda mais procurado por elas no verão, quando as mechas abrem ao entrar em contato com o sol, trazendo um efeito ainda mais natural do que o já proposto inicialmente. As atrizes Juliana Paes e Giovanna Lancellotti são referências quando o assunto é morena iluminada.
O cabeleireiro especialista em coloração Pedro Nascimento conta que, nessa época do ano, as mulheres buscam um efeito mais “praiano” e “bronzeado”.
“Elas querem manter a identidade delas morena, mas com um toque de luz e sombra. Elas têm o cabelo castanho e querem tirar o monocromático, a cor uniforme, para dar um efeito de profundidade e criar um cabelo personalizado, respeitando sua identidade”, explica Nascimento.
O free hand preserva a saúde do cabelo ao não aquecer os fios e, por isso, se torna menos agressivo do que as outras técnicas de clareamento. Além disso, é o mais indicado para as morenas iniciantes.
“É uma boa para as mulheres que têm medo de fazer alguma coisa no cabelo ou que nunca fizeram e querem entrar com um visual novo de maneira segura, porque a técnica não tinge tons muito claros. O free hand pede que as mechas sejam até no máximo três tons mais claros, não mais do que isso, respeitando sempre o tom natural do cabelo da cliente”, desenvolve o profissional.
O não uso do papel alumínio permite uma oxidação da coloração mais lenta e, com isso, o risco das luzes ficarem mais claras do que o esperado é menor. Essa técnica, portanto, revela a criatividade do profissional, que apresenta maior liberdade para descolorir e explorar os tons de acordo com o objetivo final.![]()
Famosas como Grazi Massafera e Juliana Paes desfilam suas madeixas em tom castanho com leves iluminações. Por não usar papel alumínio, técnica é menos agressiva com o fio de cabelo
Fotos: Divulgação
“O cabeleireiro atua como um escultor que consegue enxergar a cor que está sendo revelada, enquanto ela acontece on time”, define Nascimento.
O cabeleireiro colorista Jefferson Pereira defende que, desde as morenas iluminadas até as loiras, as mulheres, em geral, têm buscado um efeito cada vez mais natural para os cabelos.
“Antigamente, as pessoas faziam luzes muito finas, desde a raiz, e, quando ia crescendo, ia dando um efeito de raiz crescida. Agora, as técnicas buscam cada vez mais um toque natural do cabelo, sem deixar uma cor muito marcada, iluminando mais as partes das pontas e as partes que contornam o rosto”, explica Jeff.
As morenas iluminadas não precisam se atentar ao prazo de validade do retoque tanto quanto as loiras porque o free hand não cria marcas, uma vez que não atinge a raiz, portanto, as mechas acompanham o crescimento do cabelo, mantendo a naturalidade inicial.
“No fundo, as técnicas são muitos parecidas com as do passado, mas feitas de maneira mais criativa. Estamos livres com as inovações dos produtos que nos permitem trabalhar com mais segurança, como se o cabelo fosse uma tela a ser pintada”, desabafa.
Segundo ele, as morenas são mais inseguras com a mudança porque têm medo de ficarem loiras, mas o surgimento do conceito de morena iluminada deu coragem e abriu portas para muitas outras mudanças.
Pedro Nascimento concorda com essa maior liberdade e acrescenta que, na maioria das vezes, elas demoram a aceitar que gostaram e querem mais, mas, depois que cedem, algumas até radicalizam.
“No começo, elas pedem um castanho iluminado para começar e gostam tanto que parece que é algo viciante, elas voltam e querem cada vez mais. Algumas ficam até bem loiras”, acrescenta o cabeleireiro.
Morenas iluminadas
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