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Formada em Economia e Ciências Contábeis, com especialização em Gestão de Negócios e Gestão Contábil e Tributária, Maria José Fróes Feres (47) é a embaixadora em Niterói da Rede Mulher Empreendedora

Foto: Lucas Benevides

Garantir a independência financeira de uma mulher impacta diretamente a vida dela e de todas as demais pessoas ao seu redor. As mulheres, mais do que os homens, funcionam em rede. Formada em Economia e Ciências Contábeis, com especialização em Gestão de Negócios e Gestão Contábil e Tributária, Maria José Fróes Feres (47) é a embaixadora em Niterói da Rede Mulher Empreendedora – primeira plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil, com 500 mil mulheres cadastradas, sendo 25 mil do Rio de Janeiro. A organização tem como propósito empoderar empreendedoras economicamente, para gerenciarem seus negócios e suas vidas. A RME organiza, duas vezes por semestre, o Café com Empreendedoras, sendo um no Rio e um em Niterói – cuja organização e relatórios do último ficam a cargo de Maria José, moradora da cidade há 16 anos, mas natural de Itaperuna (RJ).

Que memórias você tem que moldaram suas escolhas e te fizeram ser uma mulher de negócios?
Desde muito cedo me interessei pelo mundo dos negócios. Tinha meus pais como exemplos empreendedores – meu pai comerciante e minha mãe professora atuante. Realizar sempre foi, para mim, a forma de transformar e melhorar a vida das pessoas. Comecei a nutrir o sonho de trabalhar em uma empresa e minha formação foi construída com base nisso. Construí minha carreira atuando na gestão financeira das empresas por onde passei. Iniciei minha trajetória na empresa do meu pai e depois segui trabalhando em outras empresas de diversos setores, mas sempre ligada à gestão administrativa financeira.

Quando você alçou voos maiores e foi em busca de seu próprio empreendimento?
Há dois anos, fundei minha própria empresa – Sommos Consultoria Financeira –, com a missão de auxiliar empreendedores na gestão financeira de seus negócios através da análise de cenários, aplicação de melhores práticas, direcionamento de recursos e acompanhamento de resultados. Apesar de ter acesso a muita informação sobre gestão financeira, muitos empreendedores sentem dificuldade em implantar em seu ambiente uma gestão financeira efetiva. É preciso ter um entendimento claro de quais informações são importantes para tomada de decisão mais assertiva. Por isso, desenvolvo uma metodologia que traz esse entendimento e se adequa à rotina e modelo de negócio do empreendedor. Também atuo com finanças pessoais, com o propósito de trazer à consciência a importância das decisões financeiras tomadas no dia a dia (compras, investimentos, planejamentos) para a conquista do bem-estar financeiro.

Niterói da Rede Mulher Empreendedora – primeira plataforma de apoio ao empreendedorismo feminino do Brasil

Foto: Lucas Benevides

Como você conheceu a RME?
Buscando mais interação no ambiente do empreendedorismo conheci a Rede Mulher Empreendedora e me identifiquei com a proposta e a maneira como se posiciona através de sua fundadora Ana Fontes. Os propósitos da Rede Mulher Empreendedora têm tudo a ver com o trabalho que desenvolvo e proponho a meus clientes.

Como se tornou embaixadora da RME em Niterói? E quais suas responsabilidades?
Logo me candidatei para participar do grupo que trabalha na organização dos eventos RME no Rio  para o que precisassem. O Rio já contava com três embaixadoras: Andrea Carvalho, Eleonora Jordan e Leticia Cazes, além da influenciadora Inês Rocha. Em 2017, fui convidada para representar a RME em Niterói como embaixadora. Ser embaixadora RME é uma atividade com alguns papéis importantes: promover encontros (Cafés com Empreendedoras) para incentivar networking; articular parcerias e apoios; representar a RME em eventos locais; estar participativa no ambiente empreendedor. E foi com esse espírito que iniciamos a atuação da RME em Niterói: somar ações e atividades que fortalecessem o empreendedorismo na cidade e região.

Quantos cafés vocês já realizaram na região e qual o objetivo deles?
Já realizamos três Cafés com Empreendedoras em Niterói (no Rio já foram oito), sempre com o objetivo de trazer empreendedoras e ajudar no entendimento de que empreender não precisa ser um ato solitário e que muitas empreendedoras passam pelas mesmas dificuldades. A RME promove esses encontros com foco em capacitação e inspiração. Levamos palestras técnicas e histórias de empreendedoras que inspiram. Um dos diferenciais da RME é priorizar atividades que realmente tragam evolução e crescimento para as empreendedoras e para seus negócios. Nossa equipe no Rio e Niterói faz um trabalho de excelência e com muita sinergia, o que faz com que nosso propósito seja cada vez mais multiplicado.

Qual a vertente social da RME?
Em 2017, foi fundado o Instituto Rede Mulher Empreendedora, a vertente social da RME, que trabalhará com mulheres em situação de vulnerabilidade. A rede oferece no site conteúdo relevante, dicas e notícias; promove eventos de networking, cursos, mentorias, inspiração; realiza parcerias com empresas que acreditam na causa do empreendedorismo feminino. Além disso, conta com um grupo de apoio, com mais de 45 mil membros, no qual a sororidade é promovida por meio de discussões e ajuda mútua. 

Conte um pouco mais sobre a RME e demais projetos importantes para você.
Idealizada em 2010, por Ana Lúcia Fontes, durante o “Programa 10 mil Mulheres da FGV”, a Rede começou como um blog, o qual Ana, ao perceber que, assim como ela, muitas empreendedoras compartilhavam dúvidas e medos, decidiu criar para responder e ajudar essas mulheres. O espaço foi evoluindo, tornou-se um grupo e depois foi se moldando no negócio social que é hoje. Atualmente, além da RME, participo do Núcleo do Grupo Mulheres do Brasil no RJ, sou adviser (mentora) voluntária do programa miniempresa da ONG Junior Achievement e membro do HUBNIT – espaço de inovação de Niterói. Minha proposta é levar o tema finanças por onde eu passar e promover uma abordagem mais efetiva sobre o assunto na vida das empresas e das pessoas.