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No Aldeia Curumim, a disciplina é passada da forma mais lúdica possível, despertando o interesse da criança
Foto: Lucas Benevides
Considerada por muitos uma disciplina difícil de se aprender, a matemática sempre foi uma vilã entre crianças e adolescentes. Para que tenham um melhor desempenho na disciplina, entretanto, pais acabam matriculando seus filhos em aulas particulares de reforço escolar ou em escolas especializadas que utilizam métodos tradicionais. Para uma geração digital, que está quase que 100% ligada à tecnologia, essas aulas, apesar de ajudarem, com o tempo acabam se tornando cansativas e entediantes, fazendo muitas vezes com que o aluno desista ou perca ainda mais o interesse pela matéria.
Mas, afinal de contas, como ensinar a matemática – disciplina por trás das mais emocionantes criações da humanidade – às crianças que perderam o interesse pela disciplina?
A matemática é uma matéria direta, ou seja, em vez de encorajar os alunos a serem curiosos e a procurarem a resposta, os professores exigem que eles a deem. O ensino hoje baseia-se quase exclusivamente em testes para saber quem é mais rápido a encontrar a resposta. Muitos sentem-se embaraçados e inferiores porque não conseguem fazê-lo.![]()
No GayLussac, uma competição de foguetes mistura conceitos de Matemática e Física
Foto: Divulgação
Para mudar isso, a Aldeia Curumin foi impulsionada pelas novas experiências da pedagogia moderna mundo afora, nas quais a criança desenvolve um senso de responsabilidade por seu próprio desenvolvimento, contrapondo-se à educação de conteúdo tradicional. Foram escolhidas linhas metodológicas compatíveis com os princípios educativos adotados, sendo encontrados, principalmente, em Piaget e Montessori.
“O conhecimento matemático se dá em todos os campos da experiência. Na Aldeia, as crianças vivem a matemática brincando entre as árvores, com paus, pedras, folhas, etc. Nesse contato com o meio ambiente, descobrem tamanhos, distâncias, espessuras, cores e formas, apropriando-se assim de conceitos matemáticos. A natureza é usada como apoio ao material montessoriano”, explica Lena Pilotto, coordenadora de educação infantil do colégio, ressaltando que, no fundamental I e II, também o espaço externo também é utilizado para o trabalho com a matemática. “Foi instalado um banco na escola projetado na aula de matemática. Em relação aos canteiros da horta, é preciso calcular a área para ver que vai ser plantado, quantas sementes ou mudas serão utilizadas. Esta é uma atividade feita na Oficina Burle Marx, ministrada pelo agrônomo da escola junto com a professora de arte. São muitas atividades de matemática realizadas fora do espaço de sala de aula”.![]()
Práticas interdisciplinares são uma boa ferramenta de ensino da matemática
Foto: Lucas Benevides
Todos os anos, o Instituto GayLussac promove a Semana de Tecnologia, Engenharia, Arte e Matemática (Semana Steam), que tem por objetivo reunir os saberes interdisciplinares de trabalhos desenvolvidos pelos alunos ao longo do ano letivo. Ciências, robótica, tecnologia, arte, engenharia e matemática unem forças para tornar o aprendizado efetivo em uma grande mostra de conhecimento, aberta ao público.
O objetivo da construção de protótipos, segundo o professor de matemática Ricardo Viz, é ser um fator de motivação no processo de aprendizado.
“O projeto é muito importante porque consegue associar física e matemática, além de propiciar conhecimento para quem deseja seguir a carreira de engenharia. O trabalho também é uma forma de avaliar os alunos de maneira mais dinâmica”, explica o professor.
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