Pele cuidada

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Conforme envelhecemos, a espessura da derme e epiderme sofre uma redução e diminuição da elasticidade em decorrência da perda de colágeno

Foto: Pixabay

Cobrindo entre 1,5 e 2 metros quadrados e contribuindo com um sexto (mais de 15%) do peso corpóreo total, a pele - esta que se entende pela epiderme (camada superior), derme (camada intermediária) e hipoderme (a camada mais profunda) - é o maior e mais pesado órgão do corpo humano e, apesar disso, muita gente ainda não dá tanta importância a ela. Muitos mal sabem que é preciso um cuidado diário para a sua manutenção, hidratando-a e protegendo-a.

“Um produto que comumente se pensa que é de uso exclusivo em praias e piscinas, o protetor solar, na verdade deve ser usado nas áreas expostas do corpo diariamente, desde pequeno, em qualquer ocasião. Ele é a principal fonte de prevenção do câncer de pele”, ressalta dermatologista Patrícia Breder Rocha, enfatizando a necessidade do uso na terceira idade, momento em que a pele fica mais frágil. 

“Existe sempre a preocupação no idoso da Vitamina D, por isso é indicado o uso do protetor apenas no período das 10h às 16h. Fora desses horários, o sol, que já é mais fraco, se torna uma grande fonte dessa vitamina”, pontua a médica.

Conforme envelhecemos, a espessura da derme e epiderme sofrem uma redução e diminuição da elasticidade em decorrência da perda de colágeno. Esse ‘achatamento’ da junção dermoepidérmica facilita o surgimento de bolhas traumáticas e favorece o aparecimento de feridas.

“Quando envelhecemos, a nossa pele tem, sim, mais tendências a feridas e machucados, pois ocorrem varias alterações decorrentes do envelhecimento que propiciam isso, entre elas: secura, aspereza, rugas, flacidez, uma variedade de lesões benignas e, por fim, as neoplasias malignas”, elenca a geriatra Thaisa Tosin Gasparin.

“Uma pele mais exposta a agressões (sol, queimadura química, lesões mecânicas) certamente envelhecerá mais rápido, por isso o protetor é indispensável”, resume a profissional.
Um assunto que gera bastante discussão entre os especialistas é a afirmação de que a pele negra possui uma maior proteção a fatores externos do que a pele branca, sendo mais resistente ao câncer de pele e aos raios solares, tendo, assim, um envelhecimento mais demorado devido à sua “proteção natural”.

“A pele negra é mais espessa e, portanto, muito mais resistente e elástica do que a pele branca, uma vez que possui maior quantidade de melanina (proteína presente na primeira camada da pele e que lhe dá cor), sendo menos propensa a feridas”, afirma o médico Leonardo Aguiar, do Instituto de Cuidados Avançados de Feridas (ICAF).

A médica Aline Saraiva da Silva Correia, vice-presidente da seção estadual do Rio de Janeiro da SBGG, diz ser indiferente a cor da pele.

“Não, isto é um mito. A pele negra possui mais colágeno e menor grau de flacidez, isso ajuda a manter a pele sem sinais de envelhecimento por mais tempo, mas, ainda assim, precisa de cuidados. Há riscos de manchas e câncer de pele também, sendo necessário o uso diário de filtro solar”, finaliza.