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O magnésio atua em mais de 300 reações no organismo
Foto: Pixabay
Representado pelo símbolo químico Mg e pertencente à família dos metais alcalinoterrosos, o magnésio é o oitavo elemento mais abundante da crosta terrestre e está amplamente presente na composição do corpo humano, sendo que a sua maior parte fica concentrada nos ossos e dentes. Responsável por atuar em mais de 300 reações no organismo e controlar outros 18 minerais, o magnésio também realiza um papel fundamental na manutenção do equilíbrio dos processos bioquímicos do corpo, atuando principalmente nos sistemas cardiovascular, muscular e nervoso central. Além disso, o magnésio participa ativamente na formação da melatonina, responsável pela regulação do sono, e ajuda a normalizar os níveis de açúcar no sangue.
Os terrenos com formações vulcânicas possuem em sua composição uma grande parte desse mineral, descoberto em 1775 pelo físico e químico escocês Joseph Black. Por existir poucos vulcões em seu território, o solo brasileiro é pobre em magnésio e, por conta disso, a água que consumimos possui uma quantidade muito baixa deste elemento, chegando cerca de 15mg de magnésio por litro de água, quando o ideal é que se tenha no mínimo 70mg/l. Lugares como o Japão, por exemplo, possuem o mineral em abundância.
Por ser muito importante à saúde, o consumo do magnésio precisa ser feito regularmente e alguns alimentos possuem grandes quantidades do elemento em sua composição. Segundo a nutricionista Suely Iglesias, os folhosos verde-escuros são uma dessas fontes, pois o centro da molécula de clorofila é rico em magnésio. Amêndoas, castanha-de-caju, melaço, trigo, abacate, avelã, semente de abóbora, tomate, laticínios e chocolate são outros exemplos de fontes naturais.
“Uma dieta equilibrada fornece quantidades suficientes de magnésio para a manutenção do equilíbrio de nosso organismo. Incluir no cardápio alimentos como grãos integrais, legumes e vegetais (especialmente folhosos de cor verde-escura) são importantes para se alcançar quantidade suficiente de magnésio e manter adequado os seus níveis no corpo. A indústria também o fornece na forma de comprimidos, cápsulas e grânulos, que são úteis em caso de deficiência. É importante salientar que a suplementação de magnésio deve sempre ser feita por um especialista e apenas em casos de carências”, afirma Suely.
Na falta de magnésio, verifica-se frequentemente alguns sintomas decorrentes, como dores no pescoço e nas costas, além de um quadro caracterizado por fadiga e fraqueza muscular. De acordo com a nutróloga Yara Dantas, sem levar em consideração fatores como a idade, o sexo, as condições fisiológicas como gravidez e lactação, além dos tipos de atividades físicas exercidas pelo indivíduo, a ingestão diária de magnésio recomendada é de 320mg a 420mg na fase adulta.
“A fonte natural de magnésio são os alimentos, mas diversos fatores influenciam a forma como o aproveitamos, retemos e liberamos. Fatores como o consumo elevado de alimentos processados, açúcar, álcool, drogas, cafeína e tabaco podem proporcionar deficiência de magnésio”, relata a nutróloga.
A suplementação de magnésio também é usada em alguns casos específicos, como no tratamento de patologias como asma, depressão, hipertensão, enxaqueca, fibromialgia e osteoporose. Apesar de desnecessária para pessoas saudáveis que podem obter o mineral naturalmente, pode ser muito benéfica para os idosos e para pessoas cujas doenças ou medicação afetam a absorção de minerais em uma forma geral. Porém, como todo medicamento, a suplementação deve ser determinada por um especialista, pois pode ser potencialmente perigosa se feita de maneira inadequada, principalmente para indivíduos com problemas renais.
Segundo a nutricionista Graças Marins, o consumo excessivo, ou mesmo regular, de açúcar refinado tende a reduzir os níveis disponíveis de magnésio no sangue, e, por conta da maior parte do mineral estar presente em ossos e dentes, nem sempre o exame de sangue é totalmente confiável.
“Uma das formas de evitar a perda de magnésio (e de outros nutrientes) é de substituir o açúcar refinado pelo mascavo ou mel, ou se acostumar ao próprio açúcar natural presente nos alimentos. Além disso, é essencial um consumo diário de vegetais e frutas frescas, grãos integrais e nozes/castanhas, evitando o consumo de alimentos industrializados. Apenas 1% deste mineral está presente no sangue, por isso, o melhor exame para identificar carência deste mineral é o magnésio RBC”, conclui Graças.
Suco funcional rico em magnésio
Ingredientes:
1 folha de couve/ 1 ramo de espinafre/ 1 beterraba pequena/ 1 colher de sopa de germe de trigo e suco de duas laranjas. Bater tudo no liquidificador por 2 minutos.
Santo magnésio
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