Por Denise Emanuele Paz Carvalho
O Ministério da Saúde (MS), por meio do Departamento de Ciência e Tecnologia (Decit) da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde (Sectics), lançou, no dia 22 de maio, a 8ª edição do Programa Pesquisa para o SUS: Gestão Compartilhada em Saúde (PPSUS) no Rio de Janeiro (RJ).
Os pesquisadores do estado, com vínculo formal com instituições de ensino superior ou centros de pesquisa, públicos ou privados sem fins lucrativos, podem submeter as propostas até o dia 7 de julho de 2025. O edital exige que os interessados cadastrem os projetos no Sistema de Informação de Ciência e Tecnologia em Saúde (SISC&T) e também devem submeter as propostas no Sistema SisFAPERJ.
O PPSUS busca fortalecer a pesquisa em saúde no Brasil, promovendo a produção científica alinhada às necessidades do Sistema Único de Saúde (SUS) e garantindo que os resultados possam ser aplicados na prática, beneficiando diretamente a população. “O lançamento do PPSUS no estado do Rio de Janeiro consolida a adesão da região Sudeste à 8ª edição do Programa, destacando o papel estratégico dos estados desta região na promoção de políticas públicas voltadas ao desenvolvimento científico e tecnológico em saúde, em apoio às demandas do SUS e da população brasileira”, afirmou Denise Lins, coordenadora-geral de Fomento à Pesquisa em Saúde (Decit/Sectics/MS).
Nesta oitava edição, o Rio de Janeiro recebeu um investimento recorde de R$ 14 milhões, sendo que o Ministério alocou R$ 7 milhões, por meio do Decit/Sectics, e o estado aportou mais R$ 7 milhões. De acordou com a presidente da Faperj, Caroline Alves da Costa, “o recurso destinado para a pesquisa, reforça o compromisso de todos os parceiros com o SUS. A academia tem a oportunidade de ajudar a gestão estadual com estudos científicos que busquem soluções para as dores da população”.
Eixos temáticos
A chamada pública no Rio de Janeiro foi elaborada com base nas prioridades estabelecidas pelo estado e os temas centrais foram validados em consulta à comunidade científica fluminense. Por meio da Oficina de Prioridades de Pesquisa (OPP/RO), foram definidas 33 linhas de estudos, distribuídos em 6 eixos temáticos:
Tecnologias de linhas de cuidado, condições de saúde-doença e ciclos de vida da população, incluindo à atenção às populações específicas em situações de vulnerabilidade;
Atenção materno infantil com foco no enfrentamento à mortalidade materna, neonatal e infantil;
Mortalidade prematura e morbidade por doenças crônicas não transmissíveis, principalmente por doenças cardio e cerebrovasculares, circulatório e cânceres mais prevalentes no estado;
Integração entre a vigilância e assistência para a qualificação das ações de enfrentamento das emergências em saúde pública - epidemias, desastres e desassistências;
Informação estratégica e tecnologias de informação em saúde em consonância com a política nacional de saúde digital;
Formação, educação permanente, pesquisa no SUS, práticas profissionais e suas transformações.
Parceiros estratégicos
O PPSUS é um Programa de descentralização de fomento à pesquisa em saúde nas Unidades Federativas. O Programa busca promover o desenvolvimento científico e tecnológico para atender às peculiaridades, especificidades e necessidades de saúde das populações locais e sua execução envolve parcerias nos âmbitos federal e estadual. O Decit/Sectics/MS é o coordenador nacional, e o CNPq a instituição responsável pelo gerenciamento administrativo do Programa. Na esfera estadual, estão envolvidas as Fundações de Amparo à Pesquisa (FAP) e as Secretarias Estaduais de Saúde (SES). As FAP executam o Programa em nível estadual e atuam em parceria com as SES.