Polícia Civil realiza buscas na casa do suspeito de matar professora

Polícia realizou buscas no sítio onde o suspeito mora, em Rio do Ouro - Foto: Douglas Macedo

Polícia
Tpografia
  • Mínimo Pequeno Médio Grande Gigante
  • Fonte Padrão Helvetica Segoe Georgia Times

O suspeito de matar a educadora infantil Angélica de Figueiredo Lima, o dono de uma barbearia William Teixeira da Silva, de 29 anos, foi preso, na noite de quinta-feira (26). Ele é acusado de assassinar a professora de 42 anos, no Rio do Ouro, São Gonçalo. O suspeito foi localizado no sítio da madrinha, onde morava, na Rua Senador Fernandes da Cunha, no mesmo bairro. O crime aconteceu na residência da vítima, na Rua Manoel Gonçalves do Monte. A barbearia de William fica em frente à casa da professora. De acordo com a polícia o acusado já possuía duas condenações, uma por tentativa de estupro, e outra por tentativa de homicídio a uma ex-companheira. 

Segundo a Delegacia de Homicídios (DH) de Niterói o suspeito foi identificado através de um contexto de evidências, muitas delas apontadas em imagens de câmeras de segurança recolhidas pela especializada tanto no entorno do local do crime quanto em outros lugares frequentados pela professora no dia de sua morte, como a escola onde trabalhava e o Plaza Shopping, no Centro de Niterói. A polícia esclarece que a prisão de William foi motivada pela contradição entre o depoimento e as imagens registradas pelas câmera. Durante a diligência realizada nesta sexta-feira, peças de roupa do suspeito foram apreendidas para perícia. O celular da vítima ainda não foi encontrado.

A mãe de William esteve na delegacia, na manhã desta sexta-feira (27) a fim de prestar esclarecimentos e obter informações sobre o caso. No começo da tarde desta sexta-feira, equipes da especializada foram ao sítio, à barbearia e também estiveram na casa do vizinho de Angélica, um aposentado cujo imóvel dá acesso à casa da educadora. Segundo a polícia, foram recolhidas evidências. O idoso foi conduzido à sede da DHNSG, no centro de Niterói, para prestar depoimento.

Moradores da região contaram que viram William no dia seguinte ao crime, no momento em que uma equipe de reportagem estava no local. Na ocasião ele teria perguntado sobre o que havia acontecido e foi informado por populares que câmeras de segurança teriam flagrado a ação. O comerciante, então, teria recolhido alguns objetos de dentro da barbearia e ido embora em seguida. Desde então nunca mais foi visto na região.

Investigações - Na manhã desta sexta, a diretora da creche-escola onde Angélica trabalhava, Fernanda Vasconcelos, esteve na sede da DH para ceder imagens de câmeras de segurança da instituição de ensino. A irmã da vítima, que foi a primeira pessoa a socorrer a educadora, esteve por duas vezes na delegacia para prestar depoimento: na manhã desta sexta e na véspera. A delegada Bárbara Lomba, titular da especializada, havia informado que convocaria novos depoimentos.

A investigação ainda não divulgou se havia alguma ligação entre William e Angélica, tampouco a motivação do crime. O suspeito será submetido a exame de corpo de delito e DNA no instituto Médico Legal (IML). O objetivo da coleta dos dados é fazer a comparação com o material genético encontrado no corpo da educadora e na cena do crime. De acordo com a DH, além de ter sido torturada, a vítima pode ter sofrido violência sexual. 

Acusado não assumiu a autoria do crime, ele alega inocência em depoimento prestado depois da sua prisão.