Corregedoria da Alerj quer cassar cinco deputados presos em operação

Assunto será debatido pela Comissão de Ciência e Tecnologia da Alerj - Foto: Divulgação

Política
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Os cinco deputados estaduais eleitos e presos na Operação Furna da Onça, em 2018, podem perder seus mandatos. Isto porque a corregedoria da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) está solicitando a cassação dos mandatos por meio de um parecer.

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O pedido de cassação dos mandatos foi feito pela bancada do Psol na Casa Legislativa, em novembro de 2018, mas estava na gaveta da corregedoria até outubro do ano passado. Nos bastidores do parlamento estadual, comenta-se que houve um acordo para que os parlamentares, que estavam em cárcere, fossem libertados, como decidiu o plenário da Alerj, em novembro do ano passado. "Acordo" este que, ao que tudo indica, previa que os parlamentares não tentassem retomar, na Justiça, seus respectivos mandatos, já que haviam sido eleitos nas eleições gerais de 2018.

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A quebra do acordo ocorreu, justamente, após determinação do desembargador Rogério de Oliveira Souza, do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro (TJ-RJ), que decidiu na última semana que Marcos Abrahão (Avante) e Chiquinho da Mangueira (PSC) retomassem seus mandatos e voltassemm a trabalhar como parlamentares, após mandado de segurança protocolado pelas suas respectivas defesas.

O caminho do parecer emitido pela corregedoria da Casa, no entanto, ainda é longo. Ele segue para a Mesa Diretora e passará ainda pelo crivo do Conselho de Ética e do plenário.André Corrêa (DEM), Chiquinho da Mangueira (PSC), Luiz Martins (PDT), Marcos Abrahão (Avante) e Marcus Vinicius "Neskau" (PTB) foram detidos em um desdobramento da Lava Jato no Rio por suspeitas de receberem mesadas para apoiar, em votações, o ex-governador Sérgio Cabral.

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