Flávio Bolsonaro: 'Nossa oposição será ao projeto político escolhido pelo governador Wilson Witzel'

Flávio Bolsonaro é investigado por suspeita de lavagem de dinheiro - Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil

Política
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O senador Flávio Bolsonaro (PSL-RJ), presidente estadual de seu partido no Rio de Janeiro, emitiu nota, nesta quarta-feira (18), reafirmando sua determinação, da última segunda-feira (16), de abandonar a base aliada do governo de Wilson Witzel (PSC), no estado fluminense. Segundo o parlamentar, filho do Presidente da República, o PSL fará "oposição ao projeto político escolhido pelo governador" e os deputados que quiserem continuar com cargos no governo estadual deverão deixar o partido. 

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"A direção da executiva estadual do PSL-RJ, representada pelo seu presidente Flávio Bolsonaro, comunica que filiados ao partido não devem exercer cargos no governo Wilson Witzel. Aqueles que quiserem permanecer devem pedir desfiliação partidária. Nossa oposição não será ao Estado do Rio, mas ao projeto político escolhido pelo governador Wilson Witzel. Lamentável ainda ver na imprensa críticas e declarações infelizes sobre o presidente Jair Bolsonaro. O PSL-RJ reitera seu compromisso com a recuperação do Estado do Rio de Janeiro", diz a íntegra da nota emitida pelo senador.

A declaração vem após a sessão ordinária da Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj) desta terça (17) ter clima morno. Nenhum dos 12 deputados da bancada do PSL na Casa Legislativa mencionou a determinação de Flávio Bolsonaro ou tomou qualquer atitude que concretize a ruptura determinada pelo presidente do diretório estadual do partido no início da semana.

Hoje, três parlamentares do PSL-Rio ocupam cargos diretamente ligados ao governador Wilson Witzel (PSC). A deputada federal Major Fabiana (PSL-RJ) está secretária de Vitimização e Amparo à Pessoa com Deficiência, enquanto Leonardo Rodrigues (PSL-RJ), é o atual secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação. O deputado estadual Alexandre Knoploch (PSL) é vice-líder do governo na Alerj.

Também nesta terça-feira (17), Márcio Pacheco (PSC), líder do governo na Casa Legislativa, afirmou que considerava possível que o diálogo sanasse o desentendimento entre as duas siglas. Ao que tudo indica, após a determinação da manhã desta quarta (18), no entanto, Flávio Bolsonaro (PSL) não está aberto para negociações.

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"Na assembleia, eu diria que não nos interessa a perda na base de governo de uma bancada tão robusta. Obviamente não é interessante que eu defenda algo assim. Vamos nos acomodar respeitando as decisões partidárias, faz parte do jogo da política. Eu estive em Cabo Frio como PSC, apoiando o lançamento do diretório do PSL lá, mostrando que sempre houve convergência. Como na política tudo muda muito rapidamente, temos que aguardar as cenas dos próximos episódios", disse Pacheco, em entrevista a O FLUMINENSE nesta terça (17).